Em 2021, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) designou o dia 25 de julho como o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento.
O objetivo foi aumentar a conscientização global sobre os riscos do afogamento e promover ações de prevenção. Uma maneira simbólica e estratégica de chamar atenção para um problema de saúde pública que, até então, era subestimado globalmente.
O Boletim Brasil, 12ª Edição, ano 2025, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), expõe os dados tratados do ano de 2023:
– 16 brasileiros morrem afogados diariamente;
– Uma pessoa a cada 90 minutos;
– 5.883 mortes por ano;
– Homens morrem em média 6 vezes mais;
– 42% dos mortos tem menos de 29 anos;
– 4 crianças morrem por dia, uma delas na própria casa;
– 2 adolescentes morrem diariamente;
– 76% dos óbitos são em rios, lagos e represas;
– 609 brasileiros foram internados por trauma devido ao mergulho em águas rasas, 5% destes faleceram;
– Áreas sem guarda-vidas tem um risco 60 vezes maior para que aconteça uma morte por afogamento;
Com relação ao CBMDF, até junho de 2025, foram atendidas 34 ocorrências de afogamento, dessas, 8 resultaram em morte, conforme abaixo:
– Lago Paranoá: 18 (4 óbitos);
– Piscinas: 11 (4 óbitos);
– Cachoeira: 1 (0 óbitos);
– Outros lagos: 2 (0 óbitos);
– Balde: 1 (0 óbitos);
– Caixa d’agua: 1 (1 óbito);
Todas as unidades do CBMDF têm capacidade de realizar a primeira resposta em casos de afogamento.
Mantemos ainda o Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), o Grupamento de Aviação Operacional (GAVOP) e o Posto Avançado DELTA 1 em condições de se deslocar a qualquer ponto do DF e entorno, a qualquer hora, levando equipe médica, mergulhadores e guarda-vidas para o atendimento.
Aos sábados, domingos e feriados são mantidos sete postos extras de guarda-vidas no Lago Paranoá: Ermida Dom Bosco, Ponte JK (duas equipes), Ponte do Bragueto, Ponte Costa e Silva e Prainha do Paranoá (duas equipes).
Todos podem e devem ajudar a prevenir
PREVENÇÃO EM PISCINAS
– Monitore constantemente as crianças;
– Desligue a bomba ao usar a piscina;
– Controle o acesso a piscina (grades, redes, lonas);
– Não deixe brinquedos dentro ou próximo à piscina;
– Não se distraia com conversas, telefone ou outras tarefas de casa;
– Ensine suas crianças a nadar;
– Evite o uso de bebidas alcoólicas;
– Evite o exibicionismo e brincadeiras perigosas;
– Evite competições de apnéia (prender o fôlego embaixo d’água);
– Não treine apnéia sem supervisão adequada;
– Emprego de Guarda-vidas habilitados (piscinas coletivas);
– Tenha equipamentos salva-vidas disponíveis;
– Aprenda a prestar primeiros socorros;
PREVENÇÃO EM CACHOEIRAS
– Sempre analise a previsão do tempo
– Quanto mais isolada e de difícil acesso for a cachoeira, maiores deverão ser os cuidados;
– Evite exibicionismos (saltos, escaladas, etc);
– Não se arrisque por uma selfie. Avalie o risco do local antes da fotografia;
– Estabeleça uma rota de fuga prévia;
– Mantenha seus pertences organizados e próximos a rota de fuga, de modo a permitir uma rápida saída;
– Monitore a incidência de chuva na cabeceira do rio;
– Estabeleça pontos de referência para avaliar o nível da água;
– Observe a mudança na cor da água ou a chegada de detritos;
– Tenha um apito e combine com os demais o padrão de alarme;
– Nunca dê um falso alarme;
– Sempre deixe alguém ciente do seu passeio, localização e hora de retorno;
“Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão.” (Isaías 43:2)
Fontes: 1 – David Szpilman & diretoria Sobrasa, 2022-26. Afogamento – Boletim epidemiológico no Brasil 2025. Elaborado com tabulação e uso de microdados do DATASUS. Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático SOBRASA – Publicado on-line em http://www.sobrasa.org, fevereiro de 2025. Revisado por Dra Danielli Mello, Dra Lúcia Eneida Rodrigues, Prof. Eduardo Santos, Cel Fabio Braga e Cel Edemilson Barros.
2 – Companhia de Salvamento Aquático, Grupamento de Busca e Salvamento, CBMDF.