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Grupo de Pesquisa da DINVI apresenta resultados

EXISTE RISCO DE INCÊNDIO AO DEIXAR O RECIPIENTE COM ÁLCOOL EM GEL NO CARRO?

O Comandante Geral, Cel Bomfim, reuniu-se nesta tarde (08) com o Chefe do Departamento de Segurança Contra Incêndio (Cel Góes), Diretor de Investigação de Incêndio (Ten-Cel Célio Wilson) e Sub-diretor de Investigação de Incêndio (Ten-Cel A. Barcelos) para tratar de assuntos técnicos pertinente a área de segurança contra incêndio.
Na oportunidade foi apresentado ao Cmt Geral matéria publicada na Revista Emergência, que abordou estudo técnico sobre possibilidade de risco de incêndio ocasionado por recipientes de álcool em gel, deixados no interior de veículos expostos ao sol.

A pesquisa foi realizada entre 4 e 20 de maio de 2020 por um grupo de pesquisa da Diretoria de Investigação de incêndio, liderado pelo Cap Palmeira e composto por Sub Ten Rrm Leme, Sgt Jacobino e Hermano Texeira.

SOBRE A PESQUISA:

A formulação do álcool em gel possui entre 60% e 80% de etanol, que é seu princípio ativo, e uma pequena quantidade de carbopol, um tipo de polímero espessante utilizado para dar uma textura mais pastosa ao produto, transformando-o em gel.

Além disso, outros aditivos umectantes são misturados para deixá-lo menos agressivo à pele, podendo-se citar a glicerina e a trietanolamina, esta última, utilizada para balancear o pH. O restante da mistura é água destilada.

Um estudo do ano de 2018, conduzido por pesquisadores americanos, concluiu que a temperatura interna de um veículo, deixado exposto ao sol em um dia quente de verão, pode variar drasticamente. De acordo com o estudo, alguns componentes do veículo, como por exemplo o painel de controle, podem alcançar temperatura média de 70° C em apenas uma hora de exposição. Pôde-se observar também que o pico de temperatura no painel foi de 85° C.

Com base nestes dados a equipe da Diretoria de Investigação de Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal trabalhou para chegar aos resultados da pesquisa:

Foram utilizados no experimento: forno tipo mufla, medidor digital de temperatura, cronômetro digital, embalagem plástica comercial contendo 9 g de álcool em gel 70%, balança de precisão e câmera fotográfica. Após realização dos experimentos, foi possível concluir que a mistura de álcool, tanto na forma em gel quanto na forma líquida, quando exposta ao calor 200° C, não sofre ignição ou autoignição.

Esse resultado era esperado, pois, de acordo com a literatura, trata-se de temperatura inferior à temperatura de autoignição da substância (365,2°C).

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