Equipamento possibilita uma atuação mais rápida e precisa, otimizando o combate e monitorando toda a área
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) acaba de dar um passo decisivo na modernização de suas operações aéreas. Com a criação do 3º Esquadrão de Aviação Operacional (3º ESAV), instituído pelo Decreto nº 46.434/2024, a corporação fortalece o uso de aeronaves remotamente pilotadas (drones) em missões de salvamento, combate a incêndios, monitoramento de áreas de risco e ações de defesa civil.
A tecnologia, que começou a ser testada em 2015 com a aquisição do primeiro equipamento — o “Zangão 01” —, evoluiu para um programa estruturado que já capacitou 300 pilotos remotos e reúne hoje 17 drones em operação e manutenção. Esses equipamentos estão integrados a grupos especializados da corporação, como Busca e Salvamento, Defesa Civil e Combate a Incêndio, e têm ampliado significativamente a segurança e a eficiência das missões.
Entre as aplicações mais relevantes estão:
-
Localização de vítimas em áreas de difícil acesso;
-
Apoio ao combate de incêndios florestais, com sobrevoo estratégico e monitoramento em tempo real;
-
Identificação de áreas de risco e suporte à defesa civil;
-
Monitoramento de incêndios urbanos e estudo de novas técnicas de combate;
-
Registro de operações e ações administrativas, reforçando a transparência e a imagem institucional.
Incêndios em vegetação e o uso dos drones
No combate a incêndios em áreas de vegetação, como os que vêm ocorrendo em setembro, os drones vêm transformando a forma como o Corpo de Bombeiros atua. Antes mesmo de as equipes entrarem em campo, os equipamentos podem fazer um reconhecimento aéreo detalhado da região, permitindo traçar rotas de acesso mais seguras e identificar os pontos onde o fogo oferece maior risco. Durante a operação, as imagens transmitidas em tempo real ajudam a acompanhar a evolução das chamas e a ajustar a estratégia rapidamente, seja diante da mudança dos ventos, seja na identificação de novos focos que surgem de forma repentina. Na etapa final, conhecida como rescaldo, os drones continuam sendo fundamentais: com sensores e câmeras de alta precisão, localizam pontos quentes que ainda podem gerar reignição e registram toda a área queimada, fornecendo informações valiosas tanto para avaliação dos danos ambientais quanto para a prevenção de novos incêndios.
Segundo o comando do CBMDF, a expectativa é expandir o uso de drones para outras unidades da corporação nos próximos anos, consolidando o Distrito Federal como referência nacional no emprego da tecnologia em prol da segurança e da proteção da população.